9 de out. de 2019

LISA: conteúdo voltado à Ciência da Informação


Segunda, 30 Setembro 2019

A Ciência da Informação possui, em sua configuração estrutural, “um caráter eminentemente interdisciplinar, e, ainda que coexistam múltiplas reflexões e pensares, não se pode negligenciar que o espectro dos conhecimentos envolvidos em Ciência da Informação se estende por todos os campos científicos”*. Pesquisadores, alunos e profissionais dessa área devem ser capazes de fornecer a informação correta de fonte confiável, no momento ideal e de forma assertiva. Para isso, precisam ter disponíveis ferramentas adequadas

          

O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) abriga conteúdos relacionados à Ciência da Informação, que faz parte da grande área do conhecimento de Ciências Sociais Aplicadas e envolve formações como biblioteconomia, arquivologia, museologia e outras. Uma das bases de dados disponíveis é a Library and Information Science Abstracts (LISA) – com cobertura que inclui temas como gerenciamento e tecnologia da informação, internet, bibliotecas e arquivos, uso e usuários e recuperação de informações.

O LISA tem uma perspectiva internacional e um público diversificado, incluindo pesquisadores, estudantes, funcionários de bibliotecas e profissionais da informação. Desde a sua criação em 1969, o serviço se envolve com teoria e prática de bibliotecas e ciências da informação, incorporando desenvolvimentos facilitados pela tecnologia da informação e comunicação, além de campos relacionados. A base indexa mais de 400 periódicos de cerca de 45 países e 20 idiomas, fornecendo uma cobertura bibliográfica abrangente da literatura acadêmica relacionada à biblioteconomia. O conteúdo cresce mensalmente, com mais de mil registros adicionados a cada atualização.

documento de área da CAPES indica que Comunicação e Informação dizem respeito a fenômenos centrais da sociedade contemporânea, apresentando um importante papel junto à sociedade brasileira na produção de conhecimentos e na formação acadêmica de profissionais e pesquisadores, no sentido de propiciar uma percepção mais ampla da realidade e mobilizar práticas criativas e inovadoras. “O volume de dados, informações e conhecimentos produzidos em distintos ambientes, com diferentes finalidades e usos, influem nos processos de investigação e evidenciam a importância do humano nesse contexto”, pontua o documento.

Além do LISA, acessível por meio da opção buscar base, o Portal de Periódicos da CAPES contém outros conteúdos dedicados à Ciência da Informação. Conheça alguns deles:

Emerald
A plataforma compreende coleções e backfiles que abrangem as áreas de Ciência da Informação e Biblioteconomia, além de contemplar também Economia, Finanças, Educação, Marketing, Logística e Administração. São mais de 200 periódicos disponíveis. O acesso ao conteúdo pode ser feito pelo link buscar base ou a partir da opção buscar periódico, selecionando o editor/fornecedor Emerald.

Information Science and Technology Abstracts (ISTA)
A plataforma de referenciais com resumos indexa artigos de mais de 450 publicações relacionadas à Ciência da Informação, além de livros, relatórios de pesquisa, anais de conferências e patentes com cobertura abrangente e contínua dos periódicos mais importantes da área. Para acessar o conteúdo, é necessário entrar na opção buscar base.

Library, Information Science and Technology Abstracts (LISTA)
A base é composta por quase 500 periódicos especializados em Ciência da Informação, Biblioteconomia e Tecnologia, sendo que mais de 280 são em texto completo. Também oferece acesso a livros, publicações de conferências e relatórios. O acesso ao conteúdo deve ser feito a partir do link buscar base.

Outros conteúdos
Profissionais, pesquisadores e estudantes também podem, eventualmente, localizar conteúdo na plataforma da editora Senac e em bases de dados interdisciplinares, como Academic Search Premier, Academic OneFile, Wiley Online Library, SpringerLink, ScienceDirect, Project Muse, Sage, Highwire, World Scientific, Cambridge e Oxford.

Outra opção é buscar bases de dados de áreas correlacionadas, como a ACM Digital Library e a Computers and Applied Sciences Complete, que englobam materiais de Ciência da Computação, ou a Now Publishers, voltada para Administração, Computação e Engenharia.

Também estão disponíveis conteúdos de acesso aberto, como DOAJ, ROAD e SciElo. Na busca avançada da opção buscar base, o usuário pode selecionar o tipo de conteúdo, incluindo diretórios de pesquisa, repositórios de teses e dissertações e institucionais. No link buscar periódico é possível ainda selecionar o editor/fornecedor “Periódicos Nacionais” para obter resultados de pesquisa.

*Definição extraída do artigo “Traçados e limites da ciência da informação”, disponível no Portal de Periódicos por meio do DOAJ (https://doaj.org/article/2dcc0c463fc64c97985d29004591829d?frbrVersion=2)

Verifique o conteúdo do Portal de Periódicos disponível para sua instituição

A reprodução parcial ou total de notícias é autorizada desde que seja citada a fonte: "Portal de Periódicos da CAPES"


Alice Oliveira dos Santos 


19 de ago. de 2019




Dirce Missae Suzuki
Bibliotecária Chefe da Biblioteca Setorial de Ciências Humanas
 Sistema de Bibliotecas UEL.


A Biblioteca Setorial de Humanas recebeu visitas inusitadas nos dias 15 e 16 de Agosto. Quatro beija-flores sendo que dois conseguiram sair da unidade, mas dois ficaram por volta de 8 horas conosco. Com a preocupação do bem-estar dos mesmos chamamos especialistas da UEL, Marcelo Tiago Jardim, aluno do segundo ano de graduação em Ciências Biológicas e de iniciação científica na área da ornitologia, com um projeto denominado: “Comunidades de aves em unidades de conservação urbanas na cidade de Londrina, norte do Paraná.

O projeto é orientado pelo Prof. Dr. Luiz dos Anjos e visa o estudo de comunidades de aves em ambientes urbanos e peri urbanos. Os beija-flores estão entre as aves mais conhecidas, seja por suas cores, pela agilidade do voo ou pela importante função ecológica que desempenham. A maioria das espécies é territorialista, perseguindo em altas velocidades quaisquer outros indivíduos, sejam da mesma espécie ou mesmo de outras espécies, que invadirem o seu território.

Como estas espécies podem ser encontradas também em ambientes urbanos, muitas vezes estas perseguições os levam a adentrar casas e outras edificações, de onde podem ter dificuldades em sair, especialmente pela presença de pessoas ou portas e paredes que o confundem.

Pesando apenas de 3 a 4,5 gramas, o besourinho de bico vermelho (Chlorostilbon lucidus) recebe até nome de inseto. Outra espécie que compartilha o mesmo ambiente, com uma ou outra briga é o beija flor de banda branca (Amazilia versicolor), estes dois simpáticos seres alados fazem parte da fauna da Universidade Estadual de Londrina e visitam até as Bibliotecas, como avezinhas cultas que são hehe. Palavras do Marcelo.

Os funcionários e alguns usuários da Biblioteca de Humanas se sentiram adocicados pela presença dos beija-flores, pois isso nunca havia acontecido, assim sendo houve uma movimentação à proteção deles, até flores com copinhos de açúcar deixamos para o beija-flor passar à noite.

Que tenhamos mais visitas, mas não dentro da Biblioteca.

18 de jul. de 2019


GEOGRAFIA (Londrina)
A Revista GEOGRAFIA (Londrina) é uma publicação do Departamento de Geociências desde 1983, e ligada ao Programa de Mestrado e Doutorado em Geografia da Universidade Estadual de Londrina a partir de 2010. Seu objetivo é a divulgação de trabalhos científicos inéditos (artigos, oficinas pedagógicas, resenhas e notas científicas) nas áreas de interesse da ciência geográfica. São aceitos para submissão artigos nos idiomas português, espanhol e inglês. Recebimento em fluxo contínuo.
A Revista Geografia (Londrina) também é:
Qualis CAPES - 2017- Geografia: B1
B2 - Interdisciplinar; B2 - em Educação; B4 - Em Ensino; B4 - Antropologia e Arqueologia; B4 - Ciências Ambientais; B5 - Ciências Agrárias I; B5 - em Geociências; C - em Biodiversidade; C - em Ciências Biológicas II; C - em Biotecnologia; C - em Psicologia.

O acesso é livre e gratuito através do link: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia






Entretextos


A Revista Entretextos é uma publicação eletrônica, com periodicidade semestral, dos discentes do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Publica, em fluxo contínuo, artigos, resenhas e entrevistas das áreas de Linguagem & Significação e Linguagem & Educação. Para submissão são aceitos trabalhos em Português, Espanhol, Francês e Inglês.

A revista possui Qualis CAPES - 2016 - Letras/Linguística: B2. E acaba de publicar dois números:
v. 18, n. 2 (2018) - Número temático.
v. 19, n. 1 (2019)- Dossiê:“O agir educacional na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo: dos objetos de ensino às atividades didáticas”, organizado pela Profª. Drª. Elvira Lopes Nascimento.
Este número, “O agir educacional na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo: dos objetos de ensino às atividades didáticas” apresenta uma coletânea de trabalhos cuja preocupação é a de contribuir com reflexões teóricas e práticas sobre aspectos articulados ao agir educacional, os dispositivos didáticos, os modos de tratamento dos objetos de ensino e a relação entre o ensino de gêneros textuais e o desenvolvimento das capacidades de linguagem.

O acesso é livre e gratuito através do link: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos




Projetica

A revista Projetica é uma publicação científica de Design com periodicidade semestral (Junho/Dezembro) e publica trabalhos inéditos nos seguintes temas: Design: Gestão, Produto e Tecnologia; Ergonomia e Usabilidade; Design de Moda: Design: Educação, Cultura e Sociedade; Design para Sustentabilidade; e Animação, Cinema e Games.
O acesso é livre e gratuito pelo link: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/projetica














2 de jul. de 2019




 
  Normalização Bibliográfica: qual a regra para normalizar trabalhos acadêmicos?

                                           Elaine Arvelino
Bibliotecária da Divisão de Referência do Sistema de Bibliotecas UEL

Maria Aparecida Letrari
Bibliotecária da Divisão de Referência do Sistema de 
Bibliotecas UEL


A normalização é a aplicação de padrões no processo que estabelece requisitos de qualidade, desempenho e segurança para produtos e serviços. Estes parâmetros podem seguir padrões nacionais, internacionais, regionais e também locais, dependendo de sua aplicabilidade.
Deste modo, no contexto da padronização de documentos técnico-científicos, o Sistema de Bibliotecas da UEL conta com o serviço de normalização que obedecem a diretrizes e/ou padrões estabelecidos de acordo com as normas da ABNT, APA, Estilo Vancouver, Estilo MLA e Normas Editoriais conforme a publicação científica.
Este serviço de orientação e revisão na apresentação formal de trabalhos, independente de sua natureza (tese, dissertação, monografia ou trabalho de conclusão de curso) estende-se à comunidade universitária e também a comunidade externa.

Estilos de Formatação

ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) atua com reconhecimento internacional e visa “prover a sociedade brasileira de conhecimento sistematizado, por meio de documentos normativos, que permita a produção, a comercialização e o uso de bens e serviços de forma competitiva e sustentável” (ABNT, 2019). Deste modo, as diretrizes utilizadas para padronizar os documentos acadêmico-científicos são:

NBR 6023/2018 – Referências: elaboração;
NBR 6024/93 – Numeração Progressiva das Seções de um Documento escrito;
NBR 6027/2003 – Sumário;
NBR 6028/2003 – Resumo;
NBR 10520/2002 – Citações em Documentos: apresentação;
NBR 14724/2011 – Trabalhos Acadêmicos: apresentação;
NBR 10719/1989 – Apresentação de relatórios técnicos científicos;
NBR 15287/2011 – Apresentação de projeto de pesquisa;
NBR 12225/2004 – Informação e documentação - Lombada – Apresentação.

APA

A American Psychological Association (APA) é um estilo de normalização desenvolvido por um grupo de cientistas sociais que desejavam estabelecer padrões sólidos de comunicação em suas produções técnico-científicas (APA, 2019). Contemporaneamente é amplamente utilizada na literatura internacional, principalmente nas áreas das ciências sociais e comportamentais.

Estilo Vancouver

Desenvolvido pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas -ICMJE, um grupo de editores dos mais tradicionais periódicos internacionais da área da saúde, o estilo Vancouver assim como os demais estilos de normalização, surgiu para atender às necessidades de padronização na apresentação dos trabalhos técnico-científicos da área Ciência da Saúde.

Estilo MLA

Modern Language Association (MLA) é um estilo de citações e referências, mais comumente usado em textos das Ciências Humanas e Artes.


ABNT x APA x VANCOUVER x MLA: Quais são as diferenças?


As diferenças entre as normas estão principalmente na apresentação das referências, como mostram os exemplos:


ABNT
ARCHER, Earnest R. Mito da motivação. In: BERGAMINI, Cecília; CODA, Roberto (org.). Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. p. 23 - 46.

APA
Cervo, A.L., Bervian, P.A. & Silva, R.da. (2007). Metodologia científica. (6a ed). São Paulo: Prentice Hall.

VANCOUVER
Guedes DP, Paula IG, Guedes JERP, Stanganelli LCR. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes: estimativas relacionadas ao sexo, à idade e à classe socioeconômica. Rev Bra Educ Fís Esporte. 2006; 20(3): 151 - 63.

MLA
Gross, Samuel R., and Robert Mauro. Death and Discrimination: Racial Disparities in Capital Sentencing. Boston: Northeastern UP, 1989. Print.

Considerações finais

Vale ressaltar que, tão importante quanto conhecer as regras de normalização, o pesquisador/graduando saiba consultar os padrões adequados às regras de padronização da instituição onde seu trabalho será apresentado ou depositado.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Missão, Visão e valores. 2019. Disponível em: http://www.abnt.org.br/abnt/missao-visao-e-valores. Acesso em: 25 jun. 2019.

AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION – APA. Sobre nós. 2019. Disponível em: https://apastyle.apa.org/about-apa-style. Acesso em: 25 jun. 2019.





22 de abr. de 2019



Caros leitores,

A revista Informação@Profissões acaba de publicar o v.8, n.1 de 2019,
disponível em http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/infoprof. Convidamos
a navegar no sumário da revista para acessar as comunicações e outros
itens de seu interesse.

Agradecemos seu interesse e apoio contínuo em nosso trabalho,
Brigida Cervantes
Universidade Estadual de Londrina
infoprof@uel.br

Informação@Profissões
v. 8, n. 1 (2019)


Sumário
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/infoprof/issue/view/1557



8 de mar. de 2019


Silêncio na biblioteca: necessidade ou tradição? 
Estudo de caso na Biblioteca Setorial do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina (BS/CCS).



Rosângela de Cássia Dias
Bacharel em Biblioteconomia, Especialista em Gestão Pública (IFPR), Especialista em Gestão de Bibliotecas Universitárias (UEL), Técnica de Biblioteca (BS/CCS).

Introdução
Silêncio na biblioteca: necessidade ou tradição?  Atualmente, muito se tem debatido a maneira como os acadêmicos utilizam os espaços físicos da biblioteca. É comum e salutar as conversas entre grupos de discentes no ambiente informacional. Entretanto, é de conhecimento que a biblioteca é local tradicionalmente conhecido como um ambiente que requer um comportamento adequado, ou seja, ambiente calmo, silencioso, onde seus usuários possam se concentrar na leitura e no estudo a que se propõem.
O silêncio nas unidades de informação também é importante para a saúde ocupacional dos trabalhadores que ali laboram e para os usuários que ali permanecem estudando. “O controle de ruído tem se tornado um importante segmento da Engenharia Acústica devido às evidências, cada vez mais concretas, dos efeitos negativos do ruído à saúde e ao bem estar do ser humano”. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2014, p.1). Assim, os ruídos no interior das bibliotecas são prejudiciais à saúde e são provenientes daqueles que desrespeitam o silêncio.
Entretanto, percebemos que a realidade de uma biblioteca silenciosa está se modificando. Segundo Morigi e Souto (2005, p.1) “no presente coexistem resquícios da visão tradicional de biblioteca com as novas formas que elas estão assumindo.”
A literatura a respeito desse tema para bibliotecas públicas universitárias é escassa. Assim, o objetivo desse artigo é relatar o estudo realizado dentro da biblioteca setorial do CCS sobre o tema, e entender o comportamento dos usuários, identificando os fatores desencadeadores de ruídos neste ambiente, o comportamento dos usuários em relação aos possíveis ruídos encontrados, avaliar as reais necessidades dos discentes dentro da unidade de informação e promover ações que possam minimizar os eventuais conflitos apontados neste estudo.

Resultados
O presente trabalho utilizou a abordagem quantitativa com aplicação de questionário, que continha cinco questões de múltipla escolha e uma aberta, aplicado na biblioteca nos intervalos de aula. Foram distribuídos 200 questionários para os alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, com retorno de 175 respondentes, e 25 questionários devolvidos em branco.
Os resultados encontrados quando se perguntou com que regularidade os discentes frequentam a biblioteca com a finalidade de estudar: os discentes do curso de medicina, de 68 respondentes, 77,94% disseram que frequentam com finalidade de estudo e 22,06 % relataram que não usam a biblioteca para esta finalidade. Os discentes do curso de enfermagem, de 47 respondentes, 91,49% disseram que sim e 8,51 que não. Os discentes do curso de fisioterapia, 92,16% relataram que sim e 7,84% que não. Os discentes do curso de farmácia, 94,12% disseram que sim e 5,88% que não.
Dos 175 discentes que disseram frequentar a biblioteca com a finalidade de estudo, 92% disseram que o barulho atrapalha a concentração dos estudos e 8% disseram que não.
Com respeito à insatisfação dos usuários em relação aos ruídos na biblioteca, os resultados mostram que em primeiro lugar foi apontado pelos discentes a conversa paralela no ambiente da biblioteca, com 38,46% (medicina), 21,54% (enfermagem), 27,69% (fisioterapia) e 12,31% (farmácia). Em segundo lugar foi apontado haver falta de cultura de silêncio dentro da biblioteca, com 16,33% (medicina) 22,45 % (enfermagem), 36,73 (fisioterapia) e 24,49% (farmácia). Em terceiro lugar foi citado a instalação da reprografia dentro da biblioteca por 23,53% (medicina) 35,29% (enfermagem), 11,76% (fisioterapia) e 29,41% (farmácia) como sendo o deflagrador de ruído no ambiente.  Em quarto lugar foram apontados os ruídos internos (catraca, telefone, dentre outros) com 71,43% (medicina), 14,29% (enfermagem.) e 14,29% (fisioterapia). Em quinto lugar foi apontado a acústica arquitetônica do prédio da biblioteca como sendo desfavorável, pois percebe-se que existe eco nas falas, aumentando consideravelmente o ruído neste espaço, assim os percentuais são: de 33,33% (medicina), 16,37% (enfermagem) e 50 % (fisioterapia).
Alguns fatores foram citados pelos usuários respondentes que utilizam alguns mecanismos para favorecer os estudos, mesmo em ambiente considerado desfavorável. Entre esses mecanismos estão os relacionados, em primeiro lugar, com 28,57% dos respondentes, a capacidade de concentração total nos estudos mesmo em ambientes barulhentos. Em segundo lugar, com 25%, a utilização de fone de ouvido que viabiliza o estudo dentro da biblioteca, pois desliga o usuário dos ruídos a sua volta. Em terceiro lugar, com 66,67% dos respondentes, a utilização da biblioteca em horários de menor movimento, geralmente fora do horário de intervalos de aula.
Em relação à sugestão, dos 161 respondentes que relataram que o barulho atrapalha, 41 não deixaram sugestões. As 120 sugestões relatadas estão demonstradas na tabela abaixo:

Tabela 1 - Sugestões para melhorar o ambiente de estudo da biblioteca
Sugestões
Medicina
Enfermagem
Fisioterapia
Farmácia
Total
Retirar a instalação do xerox de dentro da biblioteca
15
16
13
4
48
Promover medidas educativas para diminuir as conversas paralelas no ambiente da biblioteca
15
12
07
2
36
Criar mecanismos de punição para coibir as conversas dentro da biblioteca
13
6
2
3
24
Outras (diminuir ruídos dos telefones, catracas, estacionamento etc...)
5
2
2
3
12
Total
48
36
24
12
120
Fonte: A Autora.

Considerações Finais
Os resultados deste estudo mostram que o silêncio na biblioteca continua sendo uma necessidade e não apenas uma tradição datada dos primórdios, onde a biblioteca era um local de absoluto silêncio.  Assim, é preciso manter um espaço silencioso e calmo, onde haja lugar para usuários que necessitam concentração e silêncio para estudar. Porém, ficou comprovado também que os espaços de interação entre usuários são importantes, tanto quanto, para os que precisam de silêncio como para os que necessitam da interação como troca no processo de aprendizagem, só que com novos parâmetros.
É evidente que atualmente os ambientes informacionais se modernizaram, acompanharam a evolução, a adaptação aos novos moldes de ensino e de transferência da informação, haja vista, os diversos mecanismos existentes nestes ambientes (midiáticos, virtuais, digitais, híbridos, dentre outros). Porém, seus espaços precisam ser reavaliados; se queremos que os discentes frequentem a biblioteca, é preciso prepará-los para isso.
Destacou-se também neste estudo o excessivo ruído dentro da biblioteca. Preocupante quando 92% dos entrevistados disseram que o barulho atrapalha a concentração nos estudos. Desse modo, é importante contextualizar a satisfação do usuário dentro do espaço da biblioteca, onde os mesmos manifestaram interesse em retirar a  fotocopiadora de dentro da biblioteca, demonstrando assim, que tão importante quanto os serviços e produtos oferecidos, são a aquisição de materiais de informação, recursos tecnológicos e informatizados, espaços adequados para estudos e ambiente para interação com seus pares, mas acima de tudo, está em destaque o desejo de um ambiente saudável para estudo e leituras para suas atividades em sua formação estudantil. Assim, entende-se que a biblioteca universitária necessita de espaço para tornar-se ambiente propício a colaborar na aprendizagem do estudante universitário.
Conclui-se que a construção e/ou adaptação de espaços informacionais deve ser um espaço dinâmico, propício a satisfazer as necessidades dos discentes como um todo. Um ambiente inclusivo, propício à convivência entre diferentes classes sociais e grupos diversos, um espaço democrático, que possibilite o acesso livre à informação, tanto por meios tradicionais, como por meios tecnológicos e contemporâneos, favorecendo a autonomia dos alunos, respeitando sua maneira de frequentar o ambiente da biblioteca, promovendo assim sua participação e aprendizagem nos espaços físicos das bibliotecas universitárias públicas brasileiras.

REFERÊNCIAS

MORIGI, V. J.; SOUTO, L. R. Entre o passado e o presente: as visões de biblioteca no mundo contemporâneo. REV. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.10, n. 2, p.189-206, jan./dez. 2005. Disponível em: http://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/ 432/551. Acesso em: 17 out. 2014.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. A engenharia acústica. 2014. Disponível em: http://www.eac.ufsm.br/home. Acesso em: 9 set. 2014.