27 de ago. de 2014

O Contexto Tradicional e o Contexto Digital da Recuperação da Informação nas Bibliotecas

Angela Maria Dalla Torre
Bibliotecária
Biblioteca Setorial da COU - SB/UEL

Nos dias atuais fica praticamente impossível não estabelecer parâmetros entre os meios de comunicação impressos (livros, revistas, jornais, etc.) com os eletrônicos (Internet, e-books, e-mails, chat, etc.) como meios de disponibilização de acesso à informações. Os meios de comunicação impressos enfrentam atualmente uma grande concorrência com os meios digitais. A tecnologia digital vem sendo cada vez mais utilizada por bibliotecas, sejam elas universitárias, públicas ou municipais, mas também por centros de documentação, arquivos e outros ambientes de comunicação e informação. De acordo com Alvarenga (2001)

O advento do mundo digital ocasionou, entretanto, novas mudanças no trabalho de autores e bibliotecários, fazendo com que estes, de repente, envolvessem-se com novas possibilidades tecnológicas, diretamente incidentes nos processos de produção, armazenagem, tratamento e recuperação de documentos e informações, alterando de forma radical seus processos de trabalho e produtos finais.

Cada vez mais os periódicos científicos estão disponibilizando seus artigos on-line e os livros sendo publicados em forma de e-books. Conforme Araújo, Galdo e Artigo (2008)

Os livros e trabalhos técnicos sofrem diretamente o impacto dos avanços das tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Pois com a tecnologia digital cada vez mais convergente e com a sociedade cada vez mais adepta a dispositivos digitais em substituição do conhecimento no formato impresso resulta em uma pressão para a indústria tradicional da informação e de sua cadeia de distribuição.

No contexto tradicional o principal aspecto do tratamento da informação é de facilitar o acesso à informação aos usuários de uma determinada biblioteca. No contexto digital o que tem causado grande diferencial são as Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs) que são recursos que os profissionais da informação fazem uso em grande proporção para enfrentar as mudanças ocorridas.
A sociedade está praticamente inserida no convívio com as novas tecnologias. Dias (2001) define contexto digital como “um meio de facilitar o acesso a coleções que já existiam há muito tempo, com variada dificuldade de acesso, mas cujas eventuais facilidades providenciadas em nada poderiam se comparar às facilidades que a Internet pode propiciar”.
As TICs têm causado grandes transformações que estão ocorrendo em todos os lugares e em todos os setores, de uma maneira ágil e muito rápida, tanto na produção de comunicação quanto de conhecimentos. “As tecnologias informacionais podem aumentar a autonomia dos indivíduos e multiplicar suas capacidades cognitivas, como por exemplo, a extensão da memória em longo prazo e a leitura individualizada de hipertextos” (LIMA, 2002, p.87).
É inegável que o ambiente digital se tornou uma realidade e veio pra ficar. Também está claro que, para uma parcela da população, ainda há dificuldades em ter acesso às novas tecnologias e que é preciso um empenho maior por parte do governo federal, estadual e municipal para reduzi-las, dando condições às bibliotecas, sejam elas universitárias, públicas, especializadas, escolares, e outras unidades de informação, condições de atuarem com toda tecnologia possível.

Referências
ALVARENGA, Lídia. A teoria do conceito revisitada em conexão com ontologias e metadados no contexto das bibliotecas tradicionais e digitais. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v. 2, n. 6, dez. 2001.
Disponível em:<http://dgz.org.br/dez01/Art_05.htm>. Acesso em: 15 mar. 2014. 
ARAÚJO, Thiago Souza;GALDO, Alessandra; ARDIGO, Julíbio David. Conteúdos digitais de livros na sociedade do conhecimento. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v. 9, n. 5, out. 2008.
Disponível em:<http://www.dgz.org.br/out08/Art_05.htm>. Acesso em: 15 mar. 2014. 
DIAS, Eduardo Wense. Contexto digital e tratamento da informação. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v.2, n.5,out. 2001. 
Disponível em: <http://www8.fgv.br/bibliodata/geral/docs/contextodigital.pdf>. Acesso em: 15. Mar. 2014.
LIMA, Gercina Angela Borém de O.; PINTO, Liliam Pacheco; LAIA, Marconi Martins de. Tecnologia da informação na sociedade. Informação & Informação, Londrina, v.7, n.2, p.75-94, jul./dez. 2002. Disponível em:<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/1699/1450>. Acesso em: 15 mar. 2014.

25 de ago. de 2014

GESTÃO DE PESSOAS EM UM CONTEXTO ATUAL

Roseli Inácio Alves
Bibliotecária responsável
Biblioteca Setorial de Ciências Humanas - SB/UEL

Novas abordagens na Gestão de pessoas baseadas nas certificações estão cercando os funcionários em busca de aperfeiçoamento profissional, segundo a definição creditada a Malcolm Knowles (2014) na Andragogia “a arte ou ciência de orientar adultos a aprender” e no desenvolvimento de pessoas, necessitamos pensar em abordagens mais profundas que oportunizam o desenvolvimento de habilidades pessoais e organizacionais que proporcionam resultados diferentes para pessoas, processos e projetos.
A organização necessita ser o agente de mudança para esta transformação exigida nos dias atuais e que implica estudos, cursos, aperfeiçoamentos que serão utilizados nas atividades com o aumento na qualidade de serviços.
Para realização de múltiplas atividades devem-se oferecer cursos de maneira customizada para a equipe de trabalho, o modelo da Andragogia baseia-se em seis pontos significantes para o aprendizado:
1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo.
2. Auto-conceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.
3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes.
4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia.
5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade.
6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: auto-estima, qualidade de vida, desenvolvimento.

O profissional da área de Organização da Informação, que se prepara para atender as demandas informacionais com qualificação e técnica enfrenta grandes desafios ao gerenciar as unidades, e tem a direção comprometida a estas questões de gestão de pessoas que determina o sucesso como resultado.
O pensamento deve ser de maneira sistêmica para entender estrategicamente o funcionamento numa organização de informação. Oportunizamos as áreas do conhecimento e os indivíduos poderão aplicar no trabalho alinhado ao dia a dia e otimizar os resultados esperados nas organizações. Por isso cabe aos profissionais criar mecanismos para que essa relação de gestão tenha um equilíbrio, favorecendo as pessoas, que estão buscando o aprimoramento profissional.
Precisa estar em estreita comunicação com as diretrizes da instituição, podendo ser ligada às coordenações ou a direção permitindo assim, um trabalho agregado entre eles, para que a o espaço da biblioteca possa se transformar em uma força que beneficie a excelência da qualidade no atendimento ao usuário na sociedade contemporânea.

Referências
ANDRAGOGIA. In: Wikipédia: A enciclopédia livre. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2014.
Leitão, Débora Sampaio. A biblioteca como espaço de gestão de pessoas e de informação: percepção de coordenadores da FVC. Bahia, [20--]. Disponível em: http://www.cairu.br/revista/artigos3.html. Acesso em: 20 ago. 2014.

6 de ago. de 2014

Processo de Doação de Material de Informação para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Londrina

Postado por
Rinaldo de Barros Rodrigues
Bibliotecária da Divisão de Formação e
Desenvolvimento da Coleção do Sistema de Bibliotecas da UEL
Claudia Tiêco T. Marques
Técnica de Biblioteca na Divisão de Formação e
Desenvolvimento da Coleção do Sistema de Bibliotecas da UEL

           A Divisão de Formação e Desenvolvimento da Coleção (DFDC) é responsável pela aquisição de todo material de informação que compõe o acervo do Sistema de Bibliotecas da UEL (SB/UEL). A aquisição desse material pode ser feita pelos processos de Compra, Doação e Permuta. Todo o processo de aquisição segue critérios pré-estabelecidos na Política de Desenvolvimento de Coleções (PDC) do SB/UEL, de forma que atendam aos interesses e necessidades da comunidade universitária.
            O recebimento de material de informação, por doação é a forma mais usual adotada pelas Bibliotecas para formação de seus acervos, devendo sempre respeitar a PDC do SB/UEL. Podem ser doados materiais de informação em geral, mas recebemos principalmente livros e periódicos, os quais em ambos os casos, devem atender às necessidades informacionais dos cursos oferecidos pela UEL. Os materiais doados podem ser aqueles indicados nas ementas das disciplinas como bibliografia básica e/ou complementar, em quantidades de acordo com os instrumentos de avaliação do MEC/INEP, bem como, outros títulos para uso em laboratórios, pesquisa e extensão.
            As doações recebidas pelo SB/UEL podem acontecer de duas formas, as espontâneas e as solicitadas. As doações espontâneas acontecem sem que a seção se manifeste. São recebidas de particulares, instituições governamentais e editoras comerciais. Com o objetivo de realizar uma seleção prévia do material oferecido, realizamos uma entrevista com o doador e solicitamos uma lista dos títulos contendo as seguintes informações: autor, título, editora e ano de publicação, facilitando assim, o processo de seleção do material.
            Após esse procedimento, o doador poderá se dirigir à Biblioteca Central (BC/UEL) ou em uma das Bibliotecas Setoriais (BS/CH; BS/COU; BS/EAAJ; BS/CCS) com os volumes selecionados e assim efetivar a doação. No ato do recebimento é preenchido o Termo de Doação, que é o documento que formaliza a doação, e deixa o doador ciente que a Biblioteca Central, após análise, poderá tratar o material da seguinte maneira: incorporá-lo ao acervo; doá-lo e/ou permutá-lo com outras instituições; descartá-lo; devolvê-lo ao doador (na entrevista já é verificado o interesse do doador em receber o material que não irá compor acervo).
            A Seleção dos materiais é realizada pelos bibliotecários, que verificam quais títulos serão incluídos no acervo (seleção qualitativa), em caso de dúvida, eles poderão também pedir informações aos especialistas de cada área. Todos os materiais recebidos por doação são selecionados, e os itens existentes em número suficiente não são colocados no acervo da biblioteca. Os materiais não aceitos para a incorporação no acervo referem-se aos casos: obras não referentes ao ensino superior; obras danificadas ou em mau estado de conservação; cópias reprográficas (xerox, em observância à Lei nº 9.610, de 19/02/98, que dispõe sobre o direito autoral); apostilas; materiais desatualizados que possam interferir negativamente no desenvolvimento do conteúdo programático; idioma pouco acessível; materiais cuja doação é acompanhada de algum tipo de exigência, ou seja, de localização especial e/ou de uso restrito.
            As doações solicitadas são pedidos realizados diretamente às instituições governamentais e privadas, entidades científicas e culturais, pessoas físicas, entre outras, que publicam algum material de informação de interesse para os usuários da comunidade universitária. Neste tipo de doação a seleção do material é realizada previamente.
            O contato inicial poderá ser efetuado por telefone (43) 3371-4335 e/ou por e-mail aos cuidados de Claudia (tieco@uel.br) e/ou Rinaldo (rinaldorodrigues@uel.br).