Postado por
Geneviane Duarte Dias
Bibliotecária da Divisão de Formação e
Desenvolvimento da Coleção do Sistema de Bibliotecas da UEL.
Com
o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é fundamental
inferir que as atividades que envolvem o Desenvolvimento de Coleções transformaram-se
substancialmente ao modelo, por ela empregada; foram adicionados elementos
resultantes dessa explosão tecnológica, como, por exemplo, os documentos
eletrônicos. Tal circunstância tornou-se possibilidades reais com as quais
temos que conviver e daí decorre a dificuldade primordial na elaboração das
políticas de desenvolvimento de coleções, antes desenvolvidas especificamente
para materiais tradicionais e atualmente também, para documentos
eletrônicos.
A
política de desenvolvimento de coleções, por excelência, constitui a pedra
fundamental de toda coleção, seja ela física ou eletrônica, e é evidente que
esta atividade está sofrendo alterações significativas em sua composição. Ao se
desenvolver uma política para o desenvolvimento de coleções, deve-se considerar
todos os formatos para inclusão na coleção, principalmente os documentos
eletrônicos, bem como, devem ser analisadas as questões relativas a suporte
técnico, licenças, evitar duplicações de informações já disponíveis e
considerar a facilidade de acesso, espaço de armazenagem, entre outros itens
necessários para o sucesso dessa implantação.
Há discussões consideráveis na literatura
referentes à forma de apresentação das políticas de desenvolvimento de coleções
dedicadas aos documentos eletrônicos. Alguns autores que consideram que essa política
para documentos eletrônicos deve compreender os mesmos elementos que permeiam
uma política para documentos impressos, enquanto há autores que recomendam que
seja elaborada uma política mais apropriada e específica para os documentos
eletrônicos.
As
maiores bibliotecas do mundo estão tendo seus acervos digitalizados, como é o
caso da Biblioteca do Congresso Americano, da Biblioteca Nacional da França e
da Biblioteca do Vaticano. Uma enquete efetuada há alguns anos pela American
Library Association (ALA) junto a 163 bibliotecas colegiais e universitárias
americanas revelou que somente 21% desses estabelecimentos possuem política de
desenvolvimento de suas coleções eletrônicas. Paralelamente, no Brasil, as
bibliotecas brasileiras vêm desenvolvendo esforços no sentido de depositarem
seus registros em meio digital, disponibilizando-os na Internet, onde surgem
como grandes catálogos e fortes provedores de informação. Grande parte das
bibliotecas universitárias brasileiras já marca presença na Internet, onde já
disponibilizaram seus catálogos e serviços em seus próprios sites.
Evidencia-se
a importância de estudos referentes à política de desenvolvimento de coleções
para documentos eletrônicos. Nesse panorama, as bibliotecas universitárias são
peças fundamentais nesse processo e cabe a elas atender e suprir as demandas
informacionais da sua comunidade universitária, cumprindo assim adequadamente
suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Este
artigo pode ser lido na íntegra no estudo de Dias, Silva e Cervantes (2012) o
qual releva como as bibliotecas universitárias nacionais e internacionais estão
trabalhando com a política de desenvolvimento de coleções para documentos
eletrônicos, identificando um crescimento relevante e a expansão das políticas
referentes aos documentos eletrônicos, ainda em fase inicial.
Referências
DIAS, G. D.; SILVA, T. E.;
CERVANTES, B. M. N. Política de
desenvolvimento de coleções para documentos eletrônicos: tendências nacionais e
internacionais. Enc. Bibli: R.
Eletr. Bib. Ci. Inf., Florianópolis, v. 17, n. 34, p.42-56, maio/ago.,
2012. Disponível em: