19 de set. de 2018


O uso das TICs na realização do inventário do acervo da Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos: relato de experiência da BSEAAJ

Eliane Maria da Silva Jovanovich
Bibliotecária – BSEAAJ

Suelen Souza
Técnica de Biblioteca - BSEAAJ

Na Biblioteconomia várias tarefas são desenvolvidas com a ajuda das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que são utilizadas para agregar no sentido de facilitar e dar agilidade aos serviços e produtos oferecidos pelas bibliotecas, unidades de informação, etc.
A Biblioteca Setorial do Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (BSEAAJ) possui um acervo automatizado com mais de 3.000 exemplares de livros impressos entre doutrina, legislação e jurisprudência, e uma média de 800 fascículos de periódicos especializados na área.
Por se tratar de uma biblioteca jurídica com acervo especializado, necessita que sua coleção seja atualizada constantemente nas áreas do Direito, para atender as demandas.  Objetivando proteger e manter o acervo, o inventário deve ser realizado periodicamente com os objetivos de:
ü  Conferir acervo físico com número de patrimônio;
ü  Verificar a situação do material, inclusive as condições físicas;
ü  Identificar dados inconsistentes, inclusive de etiqueta de localização, etc;
ü  Checar a falta de exemplares e avaliar a questão dos aparelhos de segurança.

O que reforça a fala de Chiavenato (2005, p. 133) o inventário é “verificação de ou confirmação da existência de materiais ou bens patrimoniais da empresa”. De acordo com o art. 216 da Constituição (BRASIL, 1988, p. 1) “o Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários”. Sendo assim, o inventário se torna de grande importância para manutenção, desenvolvimento e preservação dos acervos das bibliotecas.
Em 2013 fez-se um inventário manualmente e em 2018, após 5 anos do último inventário da BSEAAJ, o SB/UEL, por intermédio das bibliotecárias da Divisão de Processamento Técnico e dos técnicos da Assessoria de Tecnologia da Informação, desenvolveram um aplicativo para aparelho celular android especialmente para essa atividade. Os aparelhos de celulares são instrumentos utilizados para o desenvolvimento das mais diversas tarefas realizadas pelos indivíduos, principalmente as gerações digitais que não dispensam um mobile.
O acervo de livros da BSEAAJ foi todo conferido e os livros que estavam separados para desbaste também foram organizados para o inventário. A bibliotecária e a técnica, por intermédio da câmera fotográfica de seus aparelhos celulares (particulares), realizavam a leitura do código de barras do livro (que é o número de patrimônio da obra no SB/UEL) e, por conseguinte, o aplicativo coletava esses dados e os confrontava com informações do acervo, conforme apresentado na figura 1:

Figura 1 – Processo de leitura dos livros do acervo.
                                                       Fonte: Suelen Souza.

Na sequência eram armazenados em arquivo para posterior confecção de relatórios e leituras das informações. Desta forma, foi possível realizar o inventário da BSEAAJ em 12 horas aproximadamente, sem grandes problemas de software, aplicativo ou de outras questões técnicas biblioteconômicas. Com os dados todos coletados, as listagens foram geradas para conferência e resolução dos possíveis problemas pontuados.
Concluiu-se na BSEAAJ que o uso das tecnologias de informação e comunicação, aliadas aos aparelhos de celulares, são ferramentas que proporcionam agilidade nas tarefas biblioteconômicas, diminuem o risco de erros, oportunizam que novos serviços sejam efetuados com aplicativos, o que facilita ao bibliotecário desenvolver suas atividades com maior segurança, fazendo uso das tecnologias que estão disponíveis a seu favor.

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Art. 216. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2018.

CHIAVENATO, I. Administração de materiais: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.


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