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Ilda Giorgiani Cortezão
Ilda Giorgiani Cortezão
Secretária Executiva do Sistema de Bibliotecas da UEL
A Secretaria Executiva do Sistema de Bibliotecas da
Universidade Estadual de Londrina é uma unidade de apoio
técnico-administrativo, diretamente vinculada à Direção, e imprescindível para o desenvolvimento das
atividades administrativas do órgão. Na Secretaria Executiva estão lotados uma
secretária executiva, um técnico de assuntos universitários, e um técnico
administrativo, além de contar, esporadicamente, com estagiários.
Este texto objetiva abordar a profissão do Secretário
Executivo, um profissional que tem se destacado no âmbito organizacional pela
sua competência e visão estratégica.
A origem da palavra “Secretária” nos remete à Idade
Antiga. Dadas as devidas proporções, os escribas já desenvolviam, naquela
época, atividades de classificar arquivos, redigir ordens etc.
Por muito tempo, esta função ficou adormecida.
As metamorfoses ocorridas mundialmente, em
conseqüência de duas revoluções (comercial e industrial) e duas grandes
guerras, influenciaram também no perfil da atividade secretarial, que até então
era exercida somente por homens, passando a dar destaque à mulher frente à
profissão.
No Brasil, essa atividade começou a ter papel
relevante a partir de 1950. Os cursos técnicos de secretariado surgem a partir
de 1950, e nos anos 70 são criados os primeiros cursos de nível superior na
área. Cabe aqui citar Natalense ( 1995, p.1):
nos anos 70, mudanças significativas começaram a acontecer na profissão
de secretária. Ela passou a ser vista como um membro ativo na gerência,
participando de programas de desenvolvimento mais elaborados ... No final da
década de 70 vimos a secretária com uma atuação mais dinâmica e abrangente,
ganhando respeito nas organizações.
Começou aí uma nova era para o profissional de
secretariado executivo no Brasil.
A Lei 7377, de 30/09/1985, complementada
pela Lei 9261, de 10/01/1996 regulamentaram a profissão de Secretário
Executivo.
Ainda segundo
Natalense (1995, p.1) “os anos 90 representam um grande desafio para a
profissão da secretária. As megatendências, a reengenharia, a busca da excelência
obrigam as profissionais a redimencionarem a sua atuação”.
Dentro desse novo cenário, o cargo passa a ocupar
papel de destaque dentro das organizações, exigindo-se habilidades
comportamentais e capacitação adequada para subsidiar a tomada de decisões
frente às esferas superiores das empresas. Esse profissional vem se tornando,
cada vez mais, imprescindível dentro das organizações, sejam elas públicas ou
privadas.
Essa mudança de perfil exigiu do Secretário Executivo
que saísse de sua zona de conforto e buscasse novos conhecimentos para atender
às necessidades do mercado. As transformações pelas quais passam as empresas
exigiram desse profissional uma mudança de perfil, com foco na aprendizagem
continuada .
Nesse sentido, entra a parceria das organizações:
prover o seu capital humano de oportunidades para capacitação, pois o
conhecimento agregado fará toda a diferença no sentido de construir uma empresa
mais saudável, justa, humana e lucrativa.
Seguindo esse raciocínio, como todas as profissões, o
profissional de secretariado não pode ficar vendo a “banda passar”. Precisa ter uma visão holística da empresa,
entender de administração, finanças, logística, marketing, clima organizacional
etc., deixando de ser apenas o “braço direito” do gestor, para atuar como
membro efetivo nos poderes de decisão das organizações, atuando, por
consequência, como agente facilitador das rotinas do dia a dia das empresas.
Aliado a isso, deve agregar ao seu currículo, ética
profissional, relacionamento interpessoal, noções de hierarquia empresarial,
fluxo da informação, habilidades essas imprescindíveis para coordenar e supervisionar sua equipe de
trabalho.
Reconhecidamente, a profissão de Secretário Executivo
figura entre as três profissões que mais crescem no mundo. Esse destaque exige
que o profissional invista sempre na sua qualificação, pois o mercado de
trabalho precisa de profissionais competentes, alinhados às novas tendências
mercadológicas, de forma a transformar os conhecimentos adquiridos em
ferramentas primordiais para o estabelecimento de um plano de ação competitivo
que leva as organizações a alcançar resultados satisfatórios. Consequentemente,
a cada dia, a profissão será mais valorizada.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei no 7.377, de 30 de
setembro de 1985. Dispõe sobre o Exercício da Profissão de Secretário, e dá
outras Providências. Disponível
Em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7377.htm>. Acesso em: 19 abr.
2013.
BRASIL. Lei no 9.261, de 10 de janeiro de
1996. Altera a redação dos
incisos I e II do art. 2º, o caput do art. 3º, o
inciso VI do art. 4º e o parágrafo único do art. 6º da Lei nº 7.377, de 30 de
setembro de 1985, que dispões sobre o exercício da Profissão de Secretário. Disponível
em:<http://www.cosif.com.br/captura.asp?arquivo=lo9261>. Acesso em: 19
abr. 2013.
NATALENSE, M.L.C. Secretária executiva: manual prático. São Paulo: IOB, 1995.