A
Contribuição do Bibliotecário Universitário na Pesquisa Científica
Regiane Aparecida
Alvarenga
Bibliotecária Bolsista
da Biblioteca Digital do Sistema de Bibliotecas da UEL.
Atualmente, a educação vive em um momento
que é indispensável que os profissionais envolvidos aprendam cada vez mais para
serem capazes de formar cidadãos para uma sociedade autônoma, democrática e
inovadora. Para isso, é relevante que profissionais se atualizem para as
tendências atuais de ensino e aprendizagem, adquirindo novos conhecimentos e
modificando a metodologia de ensino tradicional que tem como fonte de
informação principal apenas os livros.
Portanto, existe uma mudança no papel do
bibliotecário na formação do estudante pesquisador. Por vários anos, a
atividade principal, para muitos, era de guardar e organizar livros. Hoje, com
o desenvolvimento das tecnologias apresenta-se uma nova demanda, com mais
opções de fontes e recursos de informações, contribuindo para a qualidade e
diversidade dos serviços e produtos informacionais da biblioteca.
Esses novos recursos para a busca de
informação se modificam e influenciam no processo de construção do
conhecimento, exigindo habilidades para a sua busca e o seu uso adequado. Com
isso, espera-se informações mais seguras e fidedignas, que auxiliem na formação
de pessoas mais críticas, autônomas e conscientes em relação ao uso da
informação e possível construção do conhecimento. Isso é reflexo de uma
sociedade denominada sociedade da informação e do conhecimento.
Gasque (2012, p. 40) explica que:
[...] apesar de se observar na literatura as denominações
‘sociedade da informação’ e ‘sociedade do conhecimento’, ‘sociedade da aprendizagem’
parece ser a expressão que melhor traduz a essência do mundo atual. Isso porque
o acesso à informação não se manifesta necessariamente em conhecimento,
requerendo, para que isso ocorra, engajamento dos indivíduos no processo de aprendizagem
para transformar informação em conhecimento.
A
universidade é um dos lugares da sociedade em que se espera a apropriação da
informação, para que se construa conhecimento. Mesmo em meio a tantas crises
educacionais, um de seus objetivos é formar pesquisadores e desenvolver neles a
autonomia, a autoria e o senso crítico, por meio das atividades de pesquisa.
O modo de
ensinar se relaciona com a ciência. Sendo assim, é fundamental iniciativas que
valorizam a pesquisa científica, pois é nesta etapa de aprendizagem que se
desperta o interesse pelo novo e nascem novas pesquisas e, consequentemente, a
ciência. Portanto, é necessário que o pesquisador possua ética no desenvolver
da pesquisa.
Para Galvão
e Luvizotto (2012, p.1095):
O plágio é uma questão de ética
há muitos tempos, já que se refere a uma questão de falta de verdade e
moralidade ao se propor algo verdadeiro e moral. Ao se elaborar e apresentar
uma pesquisa científica acredita que o que se tem são linhas que transcrevem a
verdade de um sujeito de moral, baseado em pesquisas e estudos. Quando o que se
tem é plágio, nada mais acontece, do que verdades falsas apresentadas, pois se
apossou de verdades de outro alguém. Em outras palavras, é utilizar do texto de
outro alguém, dando o próprio nome.
Tendo esta realidade nas universidades, é necessário que bibliotecários,
junto com os professores, tenham inciativas de orientação desde os primeiros
trabalhos acadêmicos dos estudantes pesquisadores. Algumas iniciativas podem
ser treinamentos,
disciplinas e cursos para que os mesmos não cometam plágio por despreparo
intelectual.
É natural a frequência de utilização de ideias, conceitos e
até mesmo trecho de uma determinada obra, mas nesse caso é necessário recorrer
às formas legais para o uso, enquadrando-se nos procedimentos da que possui
políticas e instruções necessárias para Associação Brasileira de Normais Técnicas
(ABNT) a utilização de citações, mencionando o nome do autor, e sua fonte.
(MORAIS; SANTOS, 2017, p.62).
A formação educacional, social e teórica é fundamental para
a realização da pesquisa cientifica, portanto, atividades técnicas também são de
muita importância, devem se desenvolver juntas, uma
completando a outra, para assim obter eficiência e eficácia nas pesquisas,
gerando conhecimento e tecnologia, por conseguinte, um país melhor.
REFERÊNCIAS
GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias. Letramento informacional: pesquisa, reflexão e aprendizagem. Brasília: Faculdade de
Ciência da Informação, 2012. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/13025/1/LIVRO_Letramento
_Informacional .pdf. Acesso em: 28 nov. 2018.
MORAIS, Andrea da Luz Cerqueira de; SANTOS, José
Carlos Sales dos. O plágio em publicações científicas e a percepção dos graduandos
em biblioteconomia e documentação do instituto de ciência da informação da
Universidade Federal da Bahia. Ponto de Acesso, Salvador, v.11, n.3,
p. 57-72, dez. 2017. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/21432.
Acesso em: 28 nov. 2018.
GALVÃO,
Agrazielle Ferreira; LUVIZOTTO Caroline Kraus. Reflexões sobre a ética e o
plágio na pesquisa científica. In: ENCONTRO
DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, Presidente Prudente, 2012. Colloquium Humanarum, Cascavel, v. 9, p.1094 -1100, jul./dez. 2012.
Número Especial. Disponível
em: http://www.unoeste.br/site/enepe/2012/suplementos/area/Humanarum/Ci%C3%AAncias%20Humanas/Educa%C3%A7%C3%A3o/REFLEX%C3%95ES%20SOBRE%20A%20%C3%89TICA%20E%20O%20PL%C3%81GIO%20NA%20PESQUISA%20CIENT%C3%8DFICA.pdf.
Acesso em: 28 nov. 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário