5 de dez. de 2018


A Contribuição do Bibliotecário Universitário na Pesquisa Científica

Regiane Aparecida Alvarenga
Bibliotecária Bolsista da Biblioteca Digital do Sistema de Bibliotecas da UEL.

Atualmente, a educação vive em um momento que é indispensável que os profissionais envolvidos aprendam cada vez mais para serem capazes de formar cidadãos para uma sociedade autônoma, democrática e inovadora. Para isso, é relevante que profissionais se atualizem para as tendências atuais de ensino e aprendizagem, adquirindo novos conhecimentos e modificando a metodologia de ensino tradicional que tem como fonte de informação principal apenas os livros.
Portanto, existe uma mudança no papel do bibliotecário na formação do estudante pesquisador. Por vários anos, a atividade principal, para muitos, era de guardar e organizar livros. Hoje, com o desenvolvimento das tecnologias apresenta-se uma nova demanda, com mais opções de fontes e recursos de informações, contribuindo para a qualidade e diversidade dos serviços e produtos informacionais da biblioteca.
Esses novos recursos para a busca de informação se modificam e influenciam no processo de construção do conhecimento, exigindo habilidades para a sua busca e o seu uso adequado. Com isso, espera-se informações mais seguras e fidedignas, que auxiliem na formação de pessoas mais críticas, autônomas e conscientes em relação ao uso da informação e possível construção do conhecimento. Isso é reflexo de uma sociedade denominada sociedade da informação e do conhecimento.
Gasque (2012, p. 40) explica que:

[...] apesar de se observar na literatura as denominações ‘sociedade da informação’ e ‘sociedade do conhecimento’, ‘sociedade da aprendizagem’ parece ser a expressão que melhor traduz a essência do mundo atual. Isso porque o acesso à informação não se manifesta necessariamente em conhecimento, requerendo, para que isso ocorra, engajamento dos indivíduos no processo de aprendizagem para transformar informação em conhecimento.

A universidade é um dos lugares da sociedade em que se espera a apropriação da informação, para que se construa conhecimento. Mesmo em meio a tantas crises educacionais, um de seus objetivos é formar pesquisadores e desenvolver neles a autonomia, a autoria e o senso crítico, por meio das atividades de pesquisa.
O modo de ensinar se relaciona com a ciência. Sendo assim, é fundamental iniciativas que valorizam a pesquisa científica, pois é nesta etapa de aprendizagem que se desperta o interesse pelo novo e nascem novas pesquisas e, consequentemente, a ciência. Portanto, é necessário que o pesquisador possua ética no desenvolver da pesquisa.
Para Galvão e Luvizotto (2012, p.1095):

O plágio é uma questão de ética há muitos tempos, já que se refere a uma questão de falta de verdade e moralidade ao se propor algo verdadeiro e moral. Ao se elaborar e apresentar uma pesquisa científica acredita que o que se tem são linhas que transcrevem a verdade de um sujeito de moral, baseado em pesquisas e estudos. Quando o que se tem é plágio, nada mais acontece, do que verdades falsas apresentadas, pois se apossou de verdades de outro alguém. Em outras palavras, é utilizar do texto de outro alguém, dando o próprio nome.

Tendo esta realidade nas universidades, é necessário que bibliotecários, junto com os professores, tenham inciativas de orientação desde os primeiros trabalhos acadêmicos dos estudantes pesquisadores. Algumas iniciativas podem ser treinamentos, disciplinas e cursos para que os mesmos não cometam plágio por despreparo intelectual.

É natural a frequência de utilização de ideias, conceitos e até mesmo trecho de uma determinada obra, mas nesse caso é necessário recorrer às formas legais para o uso, enquadrando-se nos procedimentos da que possui políticas e instruções necessárias para Associação Brasileira de Normais Técnicas (ABNT) a utilização de citações, mencionando o nome do autor, e sua fonte. (MORAIS; SANTOS, 2017, p.62).

A formação educacional, social e teórica é fundamental para a realização da pesquisa cientifica, portanto, atividades técnicas também são de muita importância, devem se desenvolver juntas, uma completando a outra, para assim obter eficiência e eficácia nas pesquisas, gerando conhecimento e tecnologia, por conseguinte, um país melhor.

REFERÊNCIAS
GASQUE, Kelley Cristine Gonçalves Dias. Letramento informacional: pesquisa, reflexão e aprendizagem. Brasília: Faculdade de Ciência da Informação, 2012. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/13025/1/LIVRO_Letramento _Informacional .pdf. Acesso em: 28 nov. 2018.

MORAIS, Andrea da Luz Cerqueira de; SANTOS, José Carlos Sales dos. O plágio em publicações científicas e a percepção dos graduandos em biblioteconomia e documentação do instituto de ciência da informação da Universidade Federal da Bahia. Ponto de Acesso, Salvador, v.11, n.3, p. 57-72, dez. 2017. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/21432. Acesso em: 28 nov. 2018.

GALVÃO, Agrazielle Ferreira; LUVIZOTTO Caroline Kraus. Reflexões sobre a ética e o plágio na pesquisa científica. In: ENCONTRO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, Presidente Prudente, 2012. Colloquium Humanarum, Cascavel, v. 9, p.1094 -1100, jul./dez. 2012. Número Especial. Disponível em: http://www.unoeste.br/site/enepe/2012/suplementos/area/Humanarum/Ci%C3%AAncias%20Humanas/Educa%C3%A7%C3%A3o/REFLEX%C3%95ES%20SOBRE%20A%20%C3%89TICA%20E%20O%20PL%C3%81GIO%20NA%20PESQUISA%20CIENT%C3%8DFICA.pdf. Acesso em: 28 nov. 2018.

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