UMA
FÁBULA-VERDADE
Profª Drª Sueli Bortolin
Departamento de Ciência da Informação/UEL
Fui convidada para contar uma história e
acabei construindo uma fábula-verdade.
Era uma vez uma mulher quarentona, que
tinha um humor tão grande que adorava os ruídos ao seu redor, para ela os blablablas dos autores, dos personagens,
dos alunos entre as estantes era pura alegria!
Em suas mãos uma fruta de grande
importância nutritiva, mas sem muito valor social, pois é fácil de encontrar.
Ela degustava essa fruta com uma sabedoria
invejável.
OLHAR PARA OS LADOS E PERGUNTAR – Como?
OK Mário Quintana: “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as
pessoas. Os livros só mudam as pessoas.”
Ela trabalhava muito – manhã – tarde –
noite, incluindo os sábados. Sempre disposta a receber e partilhar...
Um dia, como nem todos a conhecia resolveu
dar de presente, uma filha. Essa filha tem hoje 10 anos.
No começo foi difícil, pois as pessoas
achavam ser desnecessário colocar mais 1 filha no mundo, pois tinha 3 morando
em diferentes pontos da cidade. Uma ligada à saúde, outra a justiça e outra
interessada nos cuidados bucais!
Assim, a ideia de ter uma filha morando no
mesmo bairro era, no mínimo, um despropósito.
Mas a mulher, que se chamava Sistema, tem
fibra e hoje, quando vê a filha caçula atendendo tanta gente com afinco, mesmo
tendo um corpo pequeno, menor do que o necessário, não se arrepende...
A filha para deixá-la feliz lembra que
saudável é aquele que tem macaquinhos no sótão e pode com eles, assim como
aquele doutor-de-bicho-gente, desejar fazer o outro pensar: NADA OUÇO – NADA
VEJO – NADA FALO, porém NADA PENSO, JAMAIS!
Entre Meu Caro Leitor – Estou
repleta de textos e aqui é lugar de pensar... pensar... pensar...e reinventar.
Agosto/2015
Fábula narrada em comemoração aos 10 anos da BS/CH